O candidato governista do Partido Ação Cidadã (PAC), Carlos Alvarado, venceu, neste domingo (01/04), o segundo turno das eleições presidenciais na Costa Rica, com o apoio de 60,66 por cento dos eleitores, após a apuração de 90,62 por cento das mesas de votação.
O candidato evangélico conservador Fabricio Alvarado Muñoz, do Partido Restauração Nacional (RN), ficou com 39,33 por cento dos votos, de acordo com informações oficiais.
O resultado foi anunciado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da Costa Rica, quando foi divulgado o primeiro relatório das apurações, cerca de 2 horas e 30 depois do fechamento dos colégios eleitorais.
O presidente do Tribunal, Luis Antonio Sobrado, leu em uma sessão solene os primeiros resultados com 90,62 por cento das urnas apuradas e abstenção de 33,09 por cento.
O pleito foi marcado pela polarização, com os dois candidatos representando visões totalmente opostas sobre temas religiosos e de direitos humanos.
Carlos Alvarado, de 38 anos, um jornalista, escritor e analista político de centro-esquerda, transmitiu durante a campanha um discurso de respeito aos direitos de todas as pessoas e de formar um governo de unidade para superar problemas como o déficit fiscal, pobreza e infraestrutura. Ele também defendeu uma agenda liberal que que inclui o casamento gay e o Estado laico.
O presidente eleito também foi ministro do Desenvolvimento Humano e do Trabalho durante o atual governo do mandatário Luis Guillermo Solís, e se transformará a partir do próximo dia 8 de maio, no segundo presidente na história do PAC.
Já o derrotado Fabricio Alvarado Muñoz, de 43 anos, concorreu com uma plataforma conservadora, contrária ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Seu partido, o RN, surgiu no meio das igrejas neopentecostais que tiveram um aumento considerável no número de fiéis na Costa Rica nas últimas décadas.
Após o anúncio dos resultados, ele reconheceu a derrota. “Não vencemos as eleições, mas podemos aceitar este resultado com a cabeça levantada”, afirmou Alvarado.
Esta foi a terceira vez que a Costa Rica elegeu seu presidente no segundo turno. As outras ocasiões foram em 2002 e 2014. (pulsar/ opera mundi)