Apesar do aumento de mulheres no mercado de trabalho nas últimas décadas, a equidade de salário e de condições de trabalho pode levar até 80 anos. Isto é o que aponta o Relatório Global de Equidade de Gênero, do Fórum Econômico Mundial, divulgado recentemente.
Para o coordenador de atendimento sindical do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Airton Santos, é “estarrecedor” que, em pleno século 21, essa questão ainda não tenha sido resolvida. Ele afirma que a realidade apontada pelo estudo afeta também os países desenvolvidos, mas ressalta que nos países emergentes se faz presente com maior intensidade.
Para além do preconceito, Airton Santos identifica a dupla jornada enfrentada pelas mulheres como uma das causas da disparidade, pois o homem geralmente não assume responsabilidades domésticas, como o cuidado com os filhos, preparo de alimentos e limpeza da casa, por exemplo.
De acordo com o coordenador, as empresas precisam respeitar as condições femininas e criar possibilidades para que as mulheres ascendam. (pulsar/rba)