O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) descumpriu na manhã da última segunda-feira (28) um acordo firmado com quatro mil famílias da ocupação Portal do Povo, no Morumbi, capital paulista, que garantiria a permanência no terreno até quarta-feira (30).
De acordo com a Rede Brasil Atual (RBA), a reintegração de posse ocorreu às seis horas da manhã com a invasão do terreno pela Tropa de Choque da Polícia Militar. O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) marcou uma reunião na tarde de hoje para decidir o destino da família.
A coordenadora da ocupação Simone de Souza Silva, afirma que já estava acordada a saída pacífica da população na quarta-feira (30). Segundo o MTST, no último dia 17, o movimento assinou um acordo com o comando da Polícia Militar, em que pedia quinze dias de prazo para o despejo das famílias da ocupação Portal do Povo.
Já a Secretaria da Segurança Pública (SSP) contradisse o movimento e informou por meio de nota que não se tratava de uma definição de data, mas que a reintegração poderia ocorrer em até quinze dias.
Uma comissão foi recebida por representantes da Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab) na última quarta-feira (23) e ficou acordado que se iniciaria um cadastramento em programas de habitação das famílias que ocupam o terreno. O governo municipal pediu a indicação de uma nova área para as famílias. O MTST já possui quatro mapeadas.
A Ocupação Portal do Povo teve início em 20 de junho. No dia 17, os moradores realizaram um protesto em frente à sede da Construtora Even, na zona oeste. Pelo menos 80 militantes passaram a noite acampados no estacionamento da empresa. A Even disse, na época, que iria esperar que a desocupação, que havia sido ordenada pela Justiça, fosse cumprida e destacou que se trata de uma área privada. (pulsar/rba)