Sindicatos, movimentos sociais, coletivos feministas e de defesa do meio ambiente das Américas se organizam na Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo. No Brasil, os eventos ocorrem no próximo dia quatro de novembro, com plenária na Câmara dos Vereadores de São Paulo para debater o enfrentamento às transnacionais e ao livre comércio, além da defesa da democracia e da integração dos povos.
O secretário de Política Econômica e Desenvolvimento Sustentável da Confederação Sindical dos Trabalhadores das Américas (CSA), Rafael Freire, lembra que a Jornada surgiu no ano passado, para comemorar a derrota da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), acordo econômico que privilegiaria os Estados Unidos.
Agora, segundo Rafael, o continente vive nova ofensiva neoliberal, que tem como agenda comum que afeta a todos os países o ataque à democracia e a consequente imposição de um programa de enxugamento do estado, com retirada de direitos dos trabalhadores e aumento da exploração, o que não foi escolhido pelas urnas.
Como exemplos dos ataques à democracia, Rafael cita o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff e o “terrorismo midiático” promovido contra os governos da Venezuela, Nicarágua e El Salvador. Segundo ele, os movimentos devem se articular em todo o continente para resistir a essa onda.
Na Argentina, estão previstas mobilizações na Praça de Maio, tradicional reduto de mobilização popular em Buenos Aires. No Uruguai, deve ocorrer greve geral parcial, com paralisação por algumas horas. No Brasil, além da plenária na Câmara paulistana, também haverá panfletagem no centro de São Paulo para conscientizar sobre as ameaças representadas pelo neoliberalismo. (pulsar/rba)