Depois do arquivamento do processo de licenciamento ambiental da Usina Hidrelétrica São Luiz do Tapajós, no Pará, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o governo decidiu que não vai levar adiante o projeto, pelo menos por enquanto. De acordo com o ministro de Minas e Energia do governo interino, Fernando Coelho Filho, a ideia de construção da usina vai ficar suspensa, e os estudos ambientais já realizados ficarão à disposição do país para outro momento.
Mesmo com a decisão do governo, o Greenpeace continua sua campanhacontra a possibilidade de construção de outras hidrelétricas na Amazônia. Segundo a entidade, ainda existem 42 projetos de hidrelétricas na bacia do Rio Tapajós e dezenas na Amazônia.
Para Danicley Aguiar, da campanha Amazônia do Greenpeace, a decisão do Ibama foi acertada porque essa hidrelétrica oferece risco extremo à preservação da biodiversidade no Rio Tapajós e, sobretudo, risco ao modo de vida do povo indígena Munduruku.
No início do mês, o Ibama decidiu arquivar o processo de licenciamento ambiental da Usina Hidrelétrica São Luiz do Tapajós, no Pará. De acordo com o despacho, assinado pela presidenta do instituto, Suely Araújo, o projeto e o estudo de impacto ambiental não têm conteúdo necessário para análise da viabilidade do empreendimento.
O Ministério Público Federal (MPF) no Pará já havia recomendado ao Ibama que cancelasse o licenciamento ambiental da usina por considerar que o projeto é inconstitucional, por causa da necessidade de remoção de povos indígenas de suas terras. Segundo o MP, o empreendimento alagaria três aldeias do povo Munduruku, na Terra Indígena Sawré Muybu. (pulsar)
*Com informações da Agência Brasil