O Conselho do Governo do Povo Shuar Arutam, do Equador, denunciou em seu mais recente boletim de imprensa, violações de direitos humanos dos povos indígenas na província amazônica de Morona-Santiago. Eles lamentam a falta de saídas políticas e jurídicas oferecidas pelo governo equatoriano para conflito-sócio ambiental que se instalou na região. Desde dezembro no ano passado, o local está sob Estado de Exceção.
Os indígenas ocuparam um campo de mineração de cobre localizado em Morona Santiago após serem expulsos do território pelas Forças Armadas em agosto do ano passado. O local, está sob concessão de extração de minério pela empresa chinesa Explorcobres S.A.
Expulsos, expulsos do seu território tradicional, os indígenas decidiram voltar para a região no dia 21 de novembro em busca de um diálogo com o governo do presidente Rafael Correa. No entanto, o governo afirma que durante ação de ocupação um dos polícias foi morto por arma de fogo e responsabiliza os indígenas. O presidente Rafael Correa nega que o território seja indígena.
Os indígenas, no entanto, alertam em seu boletim de imprensa, que durante o conflito, ocorreram mortes de ambos os lados, tanto de policiais como de indígenas Shuar. Além disso, denunciam a prisão de vários cidadãos locais e do líder Shuar Agustín Wachapá. Em resposta, os indígenas assumem a detenção de dois oficiais do exército equatoriano, por parte da comunidade Shuar de Yunkuapais.
Os Shuar também afirmam que a violência do Estado contra os povos indígenas, “seria o indício do detrimentos das práticas democrática no Equador”. Em janeiro desse ano, a Rede Eclesial Panamazônica emitiu um comunicado de solidariedade aos Shuar. Neste, denunciam a violação de direitos dos povos e a super-exploração dos recursos naturais em detrimento de interesse de grupos privados, como a mineradora Explorcobres. (pulsar)