A taxa de desemprego ficou em 13,3 por cento no trimestre encerrado em maio, com estimativa de quase 14 milhões de desempregados no país, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Se em relação ao trimestre imediatamente anterior o instituto aponta estabilidade, na comparação com 2016 a taxa sobe 2,1 pontos percentuais e é a maior da série histórica para o período encerrado em maio. São 225 mil desempregados a mais no trimestre e cerca de dois milhões e 300 mil a mais em um ano.
A ocupação até cresceu no trimestre, com abertura de 342 mil vagas, mas a procura por trabalho foi maior , com 566 mil pessoas a mais no mercado, resultando no acréscimo, arredondado, de 225 mil desempregados. O número de ocupados é estimado pelo IBGE em 89 milhões 687 mil.
A pesquisa mostra redução do emprego formal. O total de empregados no setor privado com carteira assinada caiu 1,4 por cento no trimestre (menos 479 mil) e 3,4 por cento em relação a março/maio de 2016 (redução de um milhão 185 mil). O total de empregados sem carteira cresce nos dois períodos. A Pnad Contínua, pesquisa domiciliar, não é comparável com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), registro administrativo feito pelo Ministério do Trabalho.
Entre os setores de atividade, cresce a ocupação na indústria, nos serviços de alojamento e alimentação e na administração pública. O emprego cai na construção e fica estável nos demais. Em relação a maio de 2016, o IBGE apura queda na agricultura, na construção e nos serviços domésticos, com alta em alojamento/alimentação. Indústria e comércio permanecem estáveis.
O rendimento médio, dois mil 109 reais, manteve-se estável em ambas as comparações, assim como a massa de rendimentos, pouco mais de 184 bilhões. (pulsar/rba)