O Tribunal de Justiça de Minas Gerais deu prazo de cinco dias para que a Samarco acabe com o vazamento de rejeito na região de Mariana, Minas Gerais. Os restos de mineração atingem córregos da bacia do Rio Doce. A mineradora fica também impedida de retomar qualquer empreendimento no complexo minerário de Germano até que a lama seja totalmente contida. A decisão ocorreu na última quarta-feira (6).
O complexo minerário é formado pelas barragens de Germano, de Santarém e do Fundão. A barragem do Fundão, localizada no distrito de Bento Rodrigues em Mariana, rompeu-se em novembro do ano passado e deixou 19 mortos e muitos danos ambientais. Parte dos rejeitos que não escoaram foi deslocada para a barragem de Santarém e três diques foram construídos. No entanto, segundo o Ministério Público de Minas Gerais, as estruturas não se mostram capazes de conter os vazamentos e foram erguidas de forma precária, sem respeito às normas técnicas pertinentes.
O juiz Luis Fernando Benfatti determinou ainda que a Samarco implante um novo dique de segurança em 80 dias e apresente em 10 dias um projeto de medidas emergenciais adicionais para conter totalmente os vazamentos. O descumprimento dos prazos gera uma multa diária de um milhão de reais.
De acordo com o Ministério Público, entre janeiro e fevereiro, cinco milhões de metros cúbicos de lama atingiram a bacia do Rio Doce após escoar da barragem de Santarém por meio de uma peça danificada. No local, ainda haveria quase 10 milhões de metros cúbicos de rejeitos. (pulsar/rba)