Os índios brasileiros morrem mais por causa do suicídio no país, em comparação aos brancos, negros e pardos. A cada 100 mil habitantes indígenas, 46 morrem tirando a própria vida. Aqueles entre 10 e 19 anos são os que mais se matam. Seguidos por jovens, entre 20 a 29 anos. O menor índice de suicídio é dos índios entre 60 e 69 anos.
A cidade de São Gabriel da Cachoeira, no interior do Amazonas, tem uma taxa de mortalidade por suicídio de quase 23 pessoas por grupo de 100 mil. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde na última quinta-feira (21).
A taxa de suicídios entre indígenas é quase o triplo da registrada pela média nacional. De acordo com o Ministério da Saúde, de 2011 a 2016 foram registradas 15,2 mortes do tipo a cada 100 mil indígenas. A média nacional –englobando todos os grupos étnicos da população– é de 5,7 óbitos a cada 100 mil pessoas. Nesse grupo, os homens cometem o triplo de suicídios comparado às mulheres: 23,1 contra 7,7 a cada 100 mil indígenas.
De acordo com o levantamento, entre os fatores de risco para o suicídio estão transtornos mentais (depressão, alcoolismo, esquizofrenia), questões sociodemográficas (como isolamento social), psicológicos (perdas recentes) e condições clínicas incapacitantes (lesões desfigurantes, dor crônica, neoplasias malignas).
Segundo o Ministério da Saúde, o país registra 11 mil suicídios por ano. A meta é reduzir em dez por cento a mortalidade até 2020. O Brasil é signatário do Plano de Ação em Saúde Mental, lançado em 2013 pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
Para ajudar indígenas e outras pessoas que podem cometer suicídio existe o número 141 do CVV- Centro de Valorização da Vida. A partir do próximo dia 30 de setembro, a ligação para a instituição será gratuita para os estados de Roraima, Rondônia, Acre e Amapá.
E para conscientizar sobre o suicídio, durante todo este mês, ocorre o Setembro Amarelo. O evento é promovido pelo CVV- Centro de Valorização da Vida, CFM- Conselho Federal de Psicologia – e ABP- Associação Brasileira de Psiquiatria. Mais informações podem ser obtidas no site www.setembroamarelo.org.br. (pulsar)
*Com informações da Radioagência Nacional e Poder 360