O Brasil é o atual quarto colocado no ranking de acidentes de trabalho no mundo e a situação pode piorar em função da “reforma” trabalhista que já está em vigor no País. Esta é a conclusão de especialistas reunidos na última terça-feira (24) na Comissão de Direitos Humanos e Participação Legislativa do Senado.
De acordo com o chefe da Divisão de Ações Prioritárias da Advocacia Geral da União (AGU), Fernando Maciel, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) diz que nós temos mais de seis mil mortes por dia, passando de duas milhões de mortes por ano (no mundo). É mais do que qualquer conflito bélico.
Em relação ao Brasil, segundo dados do último Anuário Estatístico da Previdência Social (Aepes), durante o ano de 2016 foram registrados 578 mil e 900 acidentes do trabalho no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Comparado com 2015, o número de acidentes de trabalho teve uma redução de quase sete por cento.
No entanto, segundo Maciel, não são números para se comemorar, já que o índice de subnotificações é muito alto. De acordo com Maciel, as novas regras estabelecidas pela nova legislação trabalhista devem agravar esse quadro. (pulsa/rba)
*Com informações da Agência Senado