Após uma tentativa de remoção violenta na última semana, os moradores da Vila Autódromo, no Rio de Janeiro, realizaram uma noite de vigília entre o último domingo (7) e esta segunda-feira (8). Os moradores pedem a suspensão imediata das remoções e a implementação do Plano Popular de Urbanização.
Os moradores da Vila Autódromo conquistaram o direito de permanecer no terreno onde vivem há mais de 40 anos. A localidade é protegida por lei como Área de Especial Interesse Social e os moradores detém título de concessão real de uso.
De acordo com Gerardo Silva, professor de Planejamento e Gestão do Território da Universidade Federal do ABC – UFABC, a luta da comunidade da Vila Autódromo é a mais emblemática da resistência popular aos megaeventos esportivos.
Para Silva, com a realização das Olimpíadas, a pressão aumentou e novas famílias serão removidas. O professor aponta que as casas foram marcadas para remoção sem comunicar as pessoas, foram oferecidas indenizações irrisórias e prometidas moradias ainda por construir, a comunidade foi dividida. Segundo ele, a nova justificativa é uma obra viária que não estava nos planos originais da Prefeitura para o projeto olímpico
O professor lembra que na maioria dos casos as remoções foram e estão sendo feitas de maneira violenta e autoritária, sem consideração alguma pela situação das famílias que habitam essas comunidades há muito tempo. (pulsar)
*Com informações do IHU On-Line.