A cada 10 litros de água tratada nas 100 maiores cidades do país, quase quatro litros, ou seja, mais de 39 por cento se perdem em vazamentos, ligações clandestinas e outras irregularidades. O índice de perda ultrapassa os 70 por cento em Porto Velho e Macapá. Os números são do Ranking do Saneamento, divulgado na última quarta-feira (27) pelo Instituto Trata Brasil, com base em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento de 2012.
O estudo considerou a perda no faturamento, que seria a diferença entre a água produzida e a efetivamente cobrada dos clientes. De acordo com o Instituto, o indicador de referência para a perda de água por faturamento é 15 por cento. Dos 100 municípios da lista, quatro têm nível de perda menor ou igual ao patamar. Em 11 deles, as perdas superam 60 por cento da água produzida.
De acordo com o presidente executivo da entidade, Édison Carlos, as perdas se refletem diretamente na capacidade de investimento das empresas e podem comprometer a expansão e qualidade dos serviços.
Já em relação ao saneamento, o ranking mostra que, nos 100 maiores municípios do país, 92,2 por cento da população tem acesso à água tratada. Somente em 22 cidades o atendimento chega a 100 por cento. A coleta de esgoto atende 62,46 por cento da população, porém apenas 41,32 por cento recebe tratamento. Em capitais como Cuiabá e Porto Velho o tratamento é nulo. (pulsar/rba)