Na última terça-feira (5), assentados protestaram em frente ao prédio da concessionária responsável pelas obras da Usina Hidrelétrica de Energia (UHE) Sinop, no Mato Grosso. Eles cobram o cumprimento das condicionantes estabelecidas para liberação das licenças do empreendimento e reclamam da falta de respostas por parte da empresa.
De acordo com o presidente da comissão dos atingidos, Jairo Narciso da Silva, a companhia não responde mais os ofícios enviados e se recusa receber os assentados. Jairo afirma que são cinco pontos cobrados pelos atingidos: agilidade na regularização fundiária, que já está em andamento; remanejamento da população atingida, com identificação dos que deverão deixar a área e dos que irão permanecer; reassentamento para os que tiverem mais de 60 por cenro das propriedades inundadas pelo reservatório da usina; indenizações das terras alagadas e projeto de malha viária das estradas afetadas pelo empreendimento.
Segundo o presidente da comissão, há mais de um ano os atingidos negociam com a empresa, porém, não conseguem obter informações sobre a situação real do assentamento. Ele conta que já foram emitidas quatro listas de atingidos, todas diferentes. Além disso, as indenizações estariam todas paradas.
A previsão para o início da operação da usina é janeiro de 2018. O projeto demanda pelo menos cerca de um bilhão e 700 milhões em investimentos, com preço médio da energia a ser gerada de 109 reais e 40 centavos por megawatt-hora (Mwh). A UHE Sinop tem capacidade instalada para gerar aproximadamente 400 megawatt, que correspondem a aproximadamente um milhão de geladeiras funcionando ou a quatro milhões de lâmpadas de 100 watts acesas simultaneamente. (pulsar)
*Com informações do site Só Notícias.