A articulação Rede Mulher e Mídia protocolou, na tarde de terça-feira (11), uma representação no Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ) contra a Rede Globo de Televisão. O coletivo pede que o órgão investigue a responsabilidade da emissora no caso de agressão de Marcos Harter contra Emilly Araújo, ambos participantes desta edição do programa Big Brother Brasil (BBB).
A Rede Mulher e Mídia reúne dezenas de organizações da sociedade civil, movimentos sociais e centenas de ativistas de todo o país.
Na segunda-feira (10), Marcos foi expulso do programa após uma briga do casal em que Marcos foi verbalmente agressivo com Emilly e a encurralou em um canto da casa, impedindo que ela se movesse. Antes da punição ao médico, a delegada titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) de Jacarepaguá (RJ), Viviane da Costa, esteve nos estúdios da Globo para pedir as imagens das discussões entre os participantes. A delegacia abriu um inquérito contra Marcos por lesão corporal.
Para as entidades que compõem a rede, no entanto, a punição do candidato não é suficiente. A jornalista Bia Barbosa, do coletivo Intervozes, que integra a articulação da rede, alega que o programa prevê punição apenas em casos de violência física, enquanto a legislação brasileira, como a Lei Maria da Penha, amplia as formas de agressão contra a mulher, considerando suas dimensões física, psicológica ou patrimonial. Para Barbosa, a emissora não tomou nenhuma iniciativa para resolver um caso que já durava semanas. (pulsar/brasil de fato)