Os bancários rejeitaram na quinta-feira (1º) a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que prevê 5,5 por cento de reajuste salarial, e aprovaram, por unanimidade, greve a partir da próxima terça-feira (6). Assembleias nas bases de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e em Porto Alegre, entre outras, decidiram pela paralisação.
O Comando Nacional dos Bancários já havia afirmado que a oferta patronal está longe de repor a inflação de 9,88 por cento, e representaria perdas de 4 por cento para os bancários. A proposta dos banqueiros prevê também abono de 2 mil e 500 reais. Os 9,88 por cento representam a variação do INPC em 12 meses, até agosto.
Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos bancários de São Paulo, Osasco e região disse somente com os ganhos das tarifas bancárias, cerca de 55 bilhões de reais, os bancos poderiam gerar quase 2 milhões e meio de empregos com salário médio do mercado de trabalho e garantir esses empregos por um ano.
Juvandia afirmou ainda que o movimento reivindica o fim das demissões nos bancos para melhorar as condições de trabalho da categoria e melhor atendimento para a população. A dirigente considera a conduta dos bancos um "desrespeito não só com os bancários, mas com toda sociedade", por se tratar de um setor que mesmo tendo lucratividade maior do que qualquer outro setor da economia faz uma proposta que vai levar os trabalhadores a uma paralisação nacional. (pulsar/rba)