Desde a última terça-feira (15), trabalhadores da Educação realizam paralisações, passeatas e outras atividades em protesto contra a precarização das condições de trabalho e do ensino no Brasil. Em São Paulo, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) realiza a Conferência Popular de Educação, que também vai discutir pautas como reorganização escolar, os desvios da merenda e reajuste salarial dos professores.
Em todo o país, a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e outros sindicatos filiados prometem mobilizar a categoria para exigir dos governos federal, estaduais e municipais a valorização da educação e o cumprimento da legislação, como a Lei do Piso (Lei 11.738/2008).
Os trabalhadores também se colocam contra a privatização das escolas públicas. O presidente da Confederação, Roberto Franklin de Leão, cita o caso de Goiás, onde o governador Marconi Perillo (PSDB) está no processo de repassar a administração de cerca de 300 unidades para organizações sociais (OSs).
Outro problema apontado pelo dirigente é a “militarização” das escolas públicas. Vídeos divulgados na internet mostram alunos batendo continência e marchando em pátios de colégios que já adotaram esse modelo.
Segundo a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, a Conferência Popular de Educação, que ocorre até a próxima quinta-feira (17), é uma extensão das pautas de luta de 2015, marcado pela greve de professores e pelo movimento contra a reorganização proposta pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), que culminou com a ocupação de mais de 200 escolas e o anúncio de recuo por parte do governador. (pulsar/rba)