Movimentos populares apostam que o Ocupa Brasília, série de ações que estão agendadas para esta quarta-feira (24), no Distrito Federal, será ainda mais decisivo, após as denúncias contra Michel Temer (PMDB). Na última semana, foram divulgados áudios sobre o suposto aval de Temer aos donos da empresa JBS para silenciar o ex-deputado federal Eduardo Cunha.
A mobilização contra a reforma trabalhista e a reforma da Previdência, que inclui uma marcha e um ato político na capital federal, já estava agendada antes do escândalo.
Mas Josué Rocha, do MTST, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, afirma que o calendário de manifestações está mantido. Para ele, agora os atos ganham contornos pelas diretas já e contra uma saída conservadora, que seriam as eleições indiretas.
Para Ricardo Gebrim, da Consulta Popular, o Ocupa Brasília ganha muita força com a luta pelas diretas já. Ele acredita que esta é a bandeira que pode oferecer uma saída democrática para a profunda crise política atual. Segundo ele, a expectativa da Frente Brasil Popular, que organiza o evento junto com as centrais sindicais, é reunir 100 mil pessoas em Brasília.
Além de Brasília, paralisações e mobilizações também são esperadas em outros estados. (pulsar/brasil de fato)