As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o presidente Juan Manuel Santos publicaram na última segunda-feira (14) um novo acordo de paz. A negociação ocorreu após a vitória do “não” no plebiscito realizado em dois de outubro, que rechaçou a implementação de pactos construídos durante quatro anos de diálogo.
O novo texto, que inclui 60 mudanças, foi assinado em Havana, capital cubana, pelo representante do governo colombiano, Humberto de la Calle, e um dos líderes da guerrilha, Iván Márquez. Chamado pelos participantes de “o acordo da esperança”, o documento busca superar as insatisfações suscitadas no primeiro texto e avançar na resolução do conflito. Já são mais de 50 anos, envolvendo a guerrilha, os paramilitares e os agentes das forças públicas, com um saldo de mais de 260 mil mortos, 45 mil desaparecidos e quase sete milhões de colombianos atingidos, que precisaram se deslocar.
O presidente colombiano indicou em sua conta no Twitter que o “novo acordo reflete propostas do ‘sim’ e do ‘não'”, e convidou “respeitosamente” todos os colombianos a ler e escutar as mudanças realizadas.
As delegações do governo da Colômbia e das FARC alcançaram um acordo de paz no último mês de agosto após quase quatro anos de negociações em Havana. No entanto, os colombianos rejeitaram o documento por uma estreita margem no referendo do último dia dois de outubro, e desde então as partes trabalharam para desbloquear o processo de paz.
O novo acordo não passará por nova consulta popular, mas será ratificado pelo Congresso da Colômbia. (pulsar)
*Com informações do Brasil de Fato e Opera Mundi