A maior presença de mulheres no mercado de trabalho global seria capaz de injetar mais de 5 trilhões de dólares na economia mundial, em oito anos. É o que revela o relatório Perspectivas Sociais e de Emprego no Mundo – Tendências para Mulheres no Mercado de Trabalho em 2017, lançado nesta semana pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
No Brasil, por exemplo, se a participação de mulheres no mercado de trabalho aumentasse apenas 3,3 por cento, poderia render um aumento de cerca de 337 bilhões de reais no Produto Interno Bruto (PIB). Em todo o mundo, os postos de trabalho são ocupados predominantemente por homens. No Brasil, 78,2 por cento da população masculina é economicamente ativa, enquanto entre elas esse número é de 56 por cento.
A economista Marilane Teixeira, pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), destaca que a participação das mulheres é ainda menor nas camadas mais pobres da população.
Segundo ela, dois aspectos se sobressaem em relação a isso. O grau de vulnerabilidade dessas mulheres, a condição socioeconômica, e a faixa etária. Teixeira afirma ao Seu Jornal da TVT que quanto mais pobres as mulheres, menor a taxa de participação no mercado de trabalho. Entre as mulheres extremamente pobres, a taxa de participação cai para 38 por cento. Ou seja 72 por cento, estão fora do mercado de trabalho
Já a secretária de Comunicação da CUT-SP, Adriana Magalhães, cobra o reforço de políticas públicas, principalmente em educação, como forma de garantir a condições de igualdade entre homens e mulheres no mercado.
Para ela é importante se discutir política pública que elimine o déficit que nós temos de vagas em creches. Magalhães afirma que esse é um elemento também que inibe e dificulta a mulher no mundo do trabalho. A secretária de Comunicação da CUT-SP destaca que se não tem vaga na creche, não têm trabalho pra fora. (pulsar/rba)