A decisão de Raquel Dodge, procuradora-geral da República, pode beneficiar o senador Flávio Bolsonaro. O recurso apresentado por ela contra a determinação do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu as investigações com dados do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) sem autorização judicial pode fazer com que a apuração do caso do filho do presidente siga paralisada.
Apesar de defender a utilização de informações do Coaf para subsidiar apurações de lavagem de dinheiro, Dodge quer que o ministro se limite a responder o “pedido feito pelo requerente (defesa de Flávio) da tutela provisória de extensão”.
O pedido do filho do presidente e que motivou a decisão do presidente do STF é para que a investigação contra ele seja suspensa até o julgamento do caso em plenário, marcado para 21 de novembro.
A PGR solicita, ainda, que Toffoli estabeleça “se o MP estadual pode requerer ao Coaf que amplie o período dos dados bancários, sem fundamentar esta pretensão e sem ter recebido indícios de movimentação atípica, ou se, neste caso, deverá requerer em juízo quebra de sigilo bancário e fiscal”.
No pedido, ela, que articula sua recondução ao comando da PGR junto a Jair Bolsonaro, reproduz a base do argumento da defesa de Flávio. (pulsar/revista fórum)