A taxa mundial de desemprego deverá ter alta moderada este ano, de 5,7 para 5,8 por cento, o correspondente a mais três milhões e 400 mil desempregados. É o que aponta relatório divulgado na última quinta-feira (12) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). A entidade calcula que o número de pessoas sem trabalho chegará a mais de 200 milhões – e também aumentará no ano que vem, para quase 204 milhões, já que o número de pessoas à procura de emprego supera o total de vagas criadas.
Para a OIT, esse cenário e as incertezas na economia alimentam o mal-estar social. A organização destaca ainda a influência do Brasil, que deverá ver o número de desempregados crescer em aproximadamente um milhão e 200 mil – ou 35 por cento do total mundial.
A OIT cita a situação ruim da América Latina e o peso do Brasil no comportamento verificado na região. E estima que a taxa de desemprego fique em 12,4 por cento este ano, acima do nível já recorde de 2016. O número de desempregados, de mais de 12 milhões, deve chegar a 13 milhões e 600 mil este ano e a 13 milhões e 800 mil em 2018.
Ainda de acordo com o relatório, as chamadas formas vulneráveis de trabalho, incluindo trabalhadores familiares e por conta própria, deverão representar 42 por cento dos ocupados, aproximadamente um bilhão e 400 milhões de pessoas.
A organização aponta outra tendência preocupante, de diminuição do ritmo de redução da pobreza dos trabalhadores, o que põe em risco a perspectiva de erradicação da pobreza conforme os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. O número de trabalhadores remunerados com menos de três dólares e 10 centavos por dia deve crescer em mais de cinco milhões nos próximos dois anos nos países em desenvolvimento. (pulsar/rba)