Nesta terça-feira (1), o Diário Oficial do Estado de São Paulo foi publicado com o decreto de reorganização escolar do governo Alckmin, que pretende fechar 94 escolas públicas. O decreto exclui informações como as escolas que serão fechadas e as assinaturas dos secretários e do governador. Acredita-se que a omissão à forma prática como a reorganização acontecerá se deve a uma estratégia construída na reunião realizada no último domingo (29). Em áudio vazado da reunião, a Secretaria da Educação declara “guerra” às escolas ocupadas.
Os estudantes ocuparam mais de 182 escolas contra a reorganização e realizam atos contra a medida. Nesta terça, a PM (Polícia Militar) prendeu três pessoas que participavam de protesto contra a reorganização, e invadiu uma escola ocupada pelos estudantes.
Após a assinatura do decreto, o grupo de educação do Ministério Público Estadual pediu a suspensão da medida na região de Presidente Prudente, interior de São Paulo. De acordo com o promotor Luiz Antonio Miguel Ferreira, a medida, que vai alterar a rotina de oito escolas da região, não foi dialogada com a população e ações parecidas já foram tomadas em gestões anteriores e não deram resultado quanto a melhoria da qualidade do ensino.
Além disso, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) denunciou que um policial militar disparou tiros contra a escola estadual Joaquim Adolfo, localizada em Interlagos, na zona Sul da capital, durante a ocupação do prédio, que ocorreu na madrugada desta terça. (pulsar)