Nesta sexta-feira (25), data que marca o Dia Latino-Americano e Caribenho de Luta Contra a Violência às Mulheres, movimentos convocam a manifestação “Nem uma a menos! Basta de violência contra as mulheres”, marcada para as duas horas da tarde, na Praça do Patriarca, próximo ao edifício da Prefeitura de São Paulo, no centro da capital paulista. Lá, as mulheres devem confeccionar cartazes, panfletagens, além de haver apresentações musicais e teatrais até as seis horas da tarde, quando o ato seguirá em marcha rumo ao Viaduto do Chá, ao Largo do Paissandú, terminando na Praça da República.
O ato está sendo chamado por mais de 20 entidades, como a Marcha Mundial de Mulheres, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Levante Popular da Juventude, a Articulação Sindical e Popular de Mulheres Negras e os coletivos Juntos e RUA.
Em um ano marcado pelos 10 anos da Lei Maria da Penha, mas também pelos casos de extrema violência como o estupro coletivo de uma adolescente carioca e o assassinato de uma jovem argentina de 16 anos, Carla Vitória, militante da Marcha Mundial de Mulheres, afirma que o momento histórico é propício para estabelecer relações entre estes episódios e a intensificação do conservadorismo.
As organizadoras também se inspiraram na escalada de mobilizações e resistência feminista em todo o mundo, como o “Ni Una Menos”, na Argentina. O mote deste ano é “Nenhuma a menos, nenhum direito a menos”, que questiona a escalada do feminicídio na América Latina.
Segundo dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), 12 mulheres latino-americanas e caribenhas são assassinadas todos os dias. Em 2014, foram duas mil e 89 mulheres mortas na região. Honduras, El Salvador, República Dominicana e Guatemala são os países com as taxas mais altas de feminicídio.
A taxa de feminicídio estimada entre as brasileiras é de 4,8 a cada 100 mil mulheres – a quinta maior no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). (pulsar/brasil de fato)