Entre os dias 18 e 20 de agosto, ocorre o Encontro de Direitos Humanos da Via Campesina, na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), município de Guararema, São Paulo. O objetivo da atividade é aprofundar o debate sobre a conjuntura política e o atual momento de criminalização das lutas dos movimentos sociais no mundo, além de traçar estratégias de atuação e incidência para organizar um plano de articulação que denuncie as ofensivas em cada país.
De acordo Tchenna Maso, Advogada popular do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o encontro tem sido pensado há mais de dois anos, e acontece pela necessidade de aprofundar o debate sobre Direitos Humanos na Via Campesina, que já tem um coletivo Internacional.
No encontro participam dirigentes políticos de todos os continentes e advogados populares vinculados a movimentos camponeses da África, Ásia, Europa e América. A proposta é traçar um plano de ação que unifique as iniciativas existentes nos países e para conseguir ter ações rápidas de denúncia e solidariedade internacionalista.
A proposta do encontro também será de compartilhar experiências que têm sido realizadas pelas organizações e construir uma agenda de ação no que se refere aos direitos humanos de presos políticos. O contexto de violação de direitos e de criminalização das lutas dos movimentos sociais no Brasil é uma situação preocupante e recorrente que se acirra com o golpe em curso.
Enquanto isso, a violência no campo tem registrado um aumento no Brasil. Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), o ano de 2015 teve, ao todo, 50 casos de assassinatos, o maior número desde 2004. (pulsar/página do mst)