Milhares de pessoas ocuparam a Avenida Paulista, em São Paulo, para participar da 22ª edição da Parada do Orgulho LGBT neste domingo (3). Com o tema “Poder para LGBTI+, Nosso Voto, Nossa Voz”, o evento chamou a atenção para as eleições deste ano, para o respeito às diferenças e se posicionou contra a violência.
A arquiteta Mônica Tereza Benício, víuva da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada no Rio de Janeiro em 14 de março deste ano, participou da abertura da Parada, ao lado da Drag Queen Tchaka, que comandou o principal trio elétrico do evento. Emocionada, Mônica reforçou o legado e atuação política de Marielle na defesa dos direitos humanos.
Na concentração da marcha, Tchaka puxou um “Fora Temer”, grito que foi ecoado por toda a Avenida Paulista. Ela falou ainda do preconceito diário que os homossexuais enfrentam, como a proibição de doar sangue, por exemplo.
Segundo o dossiê “A carne mais barata do mercado”, lançado no início deste ano, uma pessoa trans é assassinada a cada 48 horas. Nos seis primeiros meses de 2018, o país já contabiliza 71 assassinatos.
Silvia Cavalleiro, mulher trans e vice-presidenta da União Nacional LGBT (UNA), destacou que a representatividade importa muito na hora de escolher o candidato e o tema da Parada dá esse recado para a sociedade brasileira. Mais que impulsionar a participação LGBT na política, a dirigente reforça que é urgente analisar os candidatos com cuidado.
Organizado pela Associação da Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros de São Paulo (APOGLBT), o evento teve grandes nomes entre suas principais atrações como Pabllo Vittar, Preta Gil, Anitta, Lia Clark, April Carrión (de RuPaul’s Drag Race) e Mulher Pepita.
Dezoito trios elétricos saíram da Avenida Paulista, passando pela Rua da Consolação e encerraram evento no Vale do Anhangabaú, com shows do Banana Split, Fíakra e Jade Baraldo. (pulsar/brasil de fato)