Um ato realizado na última segunda-feira (2) em frente a antiga sede do Doi Codi, na Tijuca, zona norte do Rio, lembrou as mulheres que foram torturadas e mortas durante a ditadura militar.
Organizada pela Marcha Mundial das Mulheres, a atividade foi motivada pela campanha virtual “Em memória delas”, que surgiu após declaração do deputado federal Jair Bolsonaro durante votação da abertura do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff.
A atividade contou com a leitura de cartas com relatos dos abusos sofridos na época. Entre os depoimentos, o da ex-presa política Ana Miranda, militante do Coletivo RJ Memória, Verdade e Justiça. Ela foi levada para o Doi Codi, considerado o principal centro de tortura do estado, entre julho e agosto de 1970. Para Ana, além da memória daquelas que não sobreviveram, é importante lutar contra a violência de estado que ainda existe.
Não só as mulheres vítimas da Ditadura foram lembradas. De acordo com Paola Bettamio, uma das organizadoras do evento, a intenção foi também pedir justiça para Luana Barbosa dos Reis, de 34 anos, que morreu após uma abordagem policial no dia 8 de abril, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
Um varal com fotos e nomes de mulheres torturadas durante a ditadura militar foi pendurado nas árvores da praça que fica em frente ao atual Batalhão de Polícia do Exército. (pulsar/ radioagência nacional)