A organização não-governamental (ONG) SaferNet recebeu em 2016 denúncias contra 39 mil e 4oo páginas da internet por violações de direitos humanos. Segundo balanço divulgado nesta terça-feira (7), o conteúdo estava hospedado em 61 países, sendo que cerca de 59 por cento estava em inglês e 24 por cento em português.
Após as reclamações, 11 mil e 900 endereços foram removidos pelos servidores. O serviço de denúncia é operado em parceria com o Ministério Público Federal e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
As denúncias sobre indícios de pornografia infantil envolvem 17 mil e 600 endereços virtuais. Sobre racismo, chegam a 11 mil e 400 páginas e incitação de crimes contra a vida totalizam 5 mil e 200 casos.
O canal de ajuda da Safernet, que oferece orientação e auxílio ao usuário, recebeu ao longo do ano passado 312 pedidos relacionados à intimidação ou discriminação na rede, o chamado cyberbulling. Quantidade semelhante às solicitações de apoio por vítimas do vazamento de fotos e vídeos íntimos, prática conhecida como sexting.
Para orientar os usuários sobre o perigo dos crimes virtuais, o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (Nic.br) lançou nesta segunda-feira uma série de guias para pais, educadores e jovens sobre comportamento no ambiente virtual. Entre os temas abordados nas cartilhas estão justamente o cyberbullying (intimidação ou perseguição virtual), o racismo, o discurso de ódio, os nudes (fotos íntimas) e o sexting (vazamento de imagens íntimas). O material está disponível gratuitamente na internet. (pulsar)
*Informação da Agência Brasil