O presidente de Cuba, Raúl Castro, anunciou na última segunda-feira (21) que apesar da postura ‘positiva’ do presidente norte-americano Barack Obama, não existem medidas suficientes quem possam acabar com o bloqueio estado-unidense que existe na ilha cubana há mais de 50 anos.
Castro assegurou que ainda existem discrepâncias significativas entre as duas nações que não vão desaparecer, sobretudo quando o assunto é direitos humanos, já que o entendimento não é o mesmo pelos dois países.
O presidente cubano afirmou que espera “um novo tipo de relacionamento, um que nunca existiu antes” entre Cuba e Estados Unidos. Castro falou que destruir uma ponte pode ser de fácil e de rápida execução, mas a sua sólida reconstrução pode ser um longo e difícil esforço.
Após o cubano, Barack Obama alertou que faria um discurso longo. Segundo Obama, o crescente compromisso com Cuba é guiado por um objetivo abrangente: avançar nos interesses do nosso continente. O presidente norte-americano afirmou que os Estados Unidos não têm interesse em ditar o futuro da ilha.
O processo de reaproximação diplomática e econômica entre Havana e Washington já dura 15 meses e resultou na reabertura das embaixadas nos dois países em julho de 2015 e em uma série de acordos firmados, como o que restabeleceu voos comerciais e um serviço postal direto. A viagem de Obama a Cuba, a primeira de um presidente norte-americano em 88 anos, foi anunciada no mês passado.
Por se tratar de uma lei, o bloqueio econômico imposto pelos EUA a Cuba só pode ser alterado ou removido com a aprovação do Congresso norte-americano, medida à qual a maioria republicana se opõe. (pulsar)
*Com informações da Telesur e Opera Mundi