Desde a última terça-feira (24), mais de 400 sem-teto estão acampados em frente à Câmara Municipal de São Paulo para pressionar a votação do Plano Diretor da cidade. A expectativa é que a votação ocorra até sexta-feira (27). Os acampados, que fazem parte do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), garantem que só sairão com a aprovação do novo plano, que define um conjunto de regras para o crescimento da cidade por 16 anos.
Com a aprovação, as moradias populares e quatro das ocupações do MTST podem ser regularizadas com a conquista de novos terrenos. Segundo a Câmara Municipal de São Paulo, a sessão que definiria o caso foi obstruída por “falta de quórum” e a discussão foi transferida para esta quarta (25).
Ainda na tarde do dia 24, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), recebeu uma comissão do MTST no Palácio dos Bandeirantes para discutir as pautas apresentadas pelo movimento. Entre elas, transporte, moradia e violência policial.
Segundo o movimento, o governador se comprometeu a investir mais recursos num programa de casas populares e a criar uma comissão para mediar os despejos no Estado. Além disso, também ficou firmado o compromisso de retomar a identificação nominal de policiais militares, ao invés do número que dificulta a identificação em caso de abusos e violência. (pulsar/brasil de fato)