O estudante Diego Vieira Machado, que teve o corpo encontrado no campus do Fundão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pode ter morrido de asfixia, de acordo com o resultado preliminar da necropsia. Diego era gay, negro e natural do Pará e foi encontrado morto no dia 2 de julho, próximo à residência estudantil.
De acordo com o titular da Delegacia de Homicídios da Capital, Fábio Cardoso, a principal linha de investigação é que o crime foi motivado por homofobia. Ele acredita que o jovem morreu asfixiado após sofrer um golpe conhecido como mata-leão. De acordo com o delegado, o corpo do Diego foi encontrado não com muitas lesões, mas alguns traumatismos muito internas foram detectadas, o que indicam que Diego pode ter sido imobilizado com mata-leão no pescoço.
Cardoso disse que ainda é preciso esperar o resultado da perícia para iniciar a busca aos suspeitos. Segundo ele, é necessário avançar mais para que a perícia seja concluída e aponte de forma precisa a causa da morte, para que a investigação possa identificar o autor ou os autores do homicídio.
Segundo o delegado, as mensagens de ódio contra Diego e outros estudantes encontradas em redes sociais foram repassadas para a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática e as unidades estão atuando em conjunto para identificar os autores do crime.
O delegado participou nesta segunda-feira (25) de audiência pública conjunta das comissões de Discriminações e Preconceitos de Raça Cor, Etnia, Religião e Procedência Nacional e dos Direitos Humanos e Cidadania, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). O encontro debateu crimes de ódio contra LGBTs no estado. (pulsar)
*Informações da Agência Brasil