O advogado e candidato a vereador pelo PSOL, Renato Freitas Júnior, de 32 anos, foi preso na tarde da última quinta-feira (25) por desacato. Ele estava ouvindo rap em uma rua no centro de Curitiba, no Paraná, quando foi abordado por guardas municipais.
Segundo ele, a exigência do advogado foi estar presente na revista do seu carro para reconhecer algo que eventualmente fosse encontrado, ‘se fosse encontrado’. Freitas afirma que quando mostrou a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), os guardas disseram que ela era falsa.
O candidato do PSOL contou ter sido algemado, agredido e que um dos agentes pisou em seu rosto. O advogado denuncia que os guardas fizeram várias ofensas raciais,. Em seguida, Freitas foi despido e colocado sozinho em uma cela, onde ficou por cerca de três horas.
Um grupo de pelo menos sete advogados foi até a delegacia para fazer a defesa do colega. Eles identificaram os crimes de injúria racial, agressão física e abuso de autoridade por parte dos dois guardas envolvidos no caso, Jean Pereira Barbosa e Nilson Junior Pedroso.
Em nota, o PSOL criticou o que chamou de “violência racista e institucional”. “Repudiamos quaisquer atos de criminalização da juventude negra e periférica de nossa cidade, que ocupa as ruas com sua arte”, afirmou o comunicado. (pulsar/revista fórum)