Durante um encontro com membros do corpo diplomático e da política do Chile na terça-feira (16), o papa Francisco pediu “perdão” pelos crimes de pedofilia cometidos por membros da Igreja Católica no país.
“Aqui não posso fazer menos do que exprimir a dor e a vergonha que sinto perante um dano irreparável causado a crianças por parte dos ministros da Igreja. Desejo unir-me aos meus irmãos no Episcopado porque é justo pedir perdão e apoiar com todas as forças as vítimas, enquanto devemos nos empenhar para que isso não se repita”, disse Francisco.
Antes da visita ao país, uma série de protestos contra atingiu diversas igrejas chilenas. Entre as pautas dos manifestantes, estavam o suposto acobertamento do líder católico a bispos chilenos acusados de pedofilia e também o uso de dinheiro público na visita do Pontífice.
Entre os participantes do encontro, estava o presidente eleito do país, Sebastián Piñera, que tomará posse no dia 11 de março. O recém-eleito foi cumprimentado pelo líder católico, que aproveitou a situação também para criticar a ditadura que o país enfrentou.
Ainda sobre a democracia, Francisco disse que é “indispensável escutar” os mais desfavorecidos, como os desempregados, as minorias, os imigrantes e os jovens para construir uma sociedade mais justa. Depois do encontro com os diplomatas e políticos, Francisco se reuniu com a presidente chilena, Michelle Bachelet, a portas fechadas. (pulsar/opera mundi)