Apesar das melhorias apresentadas na Síntese dos Indicadores Sociais (SIS) 2014 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o mercado de trabalho continua sendo um campo de desigualdade entre homens e mulheres. O estudo, divulgado na última quarta-feira (17), apurou uma redução expressiva no nível de desocupação entre a população feminina, passando de 11,5 por cento em 2004 para 8,3 por cento em 2013. Porém, o índice entre as mulheres ainda é muito maior que entre os homens, que caiu de 6,6 por cento para 4,6 por cento no período.
Segundo a pesquisa, o rendimento médio dos homens em 2013 apresentou crescimento menor que o das mulheres em relação a 2004. Entretanto, os ganhos mensais apurados entre apopulação ocupada feminina ainda perdem para os da masculina: na média, a diferença é de 43 por cento.
Já a escolaridade média da população de 25 anos ou mais aumentou de 6,4 para 7,7 anos de estudo. Entre os 20 por cento de brasileiros dessa faixa etária com rendimento menor a melhora no indicador educacional foi mais significativa: esse segmento ampliou de 3,7 para 5,4 os seus anos de estudo.
A proporção de pessoas com 25 a 34 anos com ensino superior praticamente dobrou nesse intervalo de nove anos, passando de 8,1 por cento para 15,2 por cento. No mesmo período, aumentou também o acesso à faculdade dos estratos mais baixos de renda. Em 2004, apenas 1,4 por cento dos estudantes do ensino superior pertencentes aos 20 por cento mais pobres frequentavam universidades públicas. Em 2013, essa proporção chegou a 7,2 por cento. (pulsar/rba)