O chefe máximo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Londoño Echeverry, declarou neste domingo (28) o cessar-fogo definitivo e o fim das hostilidades contra o Estado colombiano a partir da meia-noite desta segunda-feira (29). O pronunciamento ocorre dias após a assinatura do acordo de paz para tentar acabar com o conflito que dura cinco décadas no país sul-americano.
Em entrevista coletiva à imprensa no Hotel Nacional de Havana, em Cuba, cidade que sediou as reuniões de negociações de paz com o governo colombiano durante quase quatro anos, o líder das FARC disse que o objetivo do grupo é acabar com o conflito e fazer o possível para que as vítimas tenham acesso à justiça e à reparação.
Já o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, disse na última sexta-feira (26) ter assinado o decreto de adesão ao cessar-fogo.
No sábado (28), o ministro da Defesa da Colômbia informou que a assinatura do acordo final de paz, que caberá a Santos e Timochenko, deverá ocorrerá entre os dias 20 e 26 de setembro.
O acordo dará início a um período de 180 dias, no qual as Farc deverão abandonar o uso de armas, que serão entregues a uma comissão internacional liderada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
A assinatura final do acordo de paz entre o governo colombiano e a guerrilha poderá colocar fim a um conflito que dura mais de 50 anos no país sul-americano e que já causou a morte de mais de 220 mil pessoas.
O texto do acordo de paz será votado em um plebiscito, programado para dois de outubro, em que a população do país decidirá se aceita ou não o pacto do governo com as Farc. (pulsar/opera mundi)