Andres Manuel López Obrador, conhecido como AMLO, foi eleito neste domingo (01) o novo presidente do México e leva a centro-esquerda ao posto máximo do governo.
Não há segundo turno no México. A apuração oficial, voto a voto, deve começar na quarta-feira (04). A estimativa é que a participação popular deva ficar entre 62,9 por cento e 63, por cento.
O presidente eleito falou sobre o que espera da relação de seu futuro governo com os EUA. “Buscaremos uma relação de amizade e cooperação para o desenvolvimento, sempre fincada no respeito mútuo e na defesa de nossos paisanos migrantes que vivem e trabalham honradamente neste país”, afirmou.
Entre suas prioridades, disse, está o combate à corrupção. “A corrupção não é um fenômeno cultural, mas o resultado de um regime político em decadência. Estamos absolutamente seguros de que esse mal é a causa principal da desigualdade social e econômica, e também pela corrupção se desatou a violência em nosso país”, disse.
O presidente eleito, que é ex-prefeito da Cidade do México e disputou a presidência pela terceira vez, coloca fim a um longo período de hegemonia do PRI, que governou o país de modo ininterrupto de 1929 a 2000, ano em que o PAN, também de direita, assumiu os dois mandatos seguintes (de 2000 a 2006, com Vicente Fox, e de 2006 a 2011, com Felipe Calderón). Com a vitória nas eleições de 2012, o PRI voltou ao poder por meio da figura de Peña Nieto.
Nas eleições de 2006, em que concorreu pela coalizão Aliança Para o Bem de Todos (integrada pelos partidos PRD, PT e Convergência), AMLO perdeu para Felipe Calderón por uma diferença de apenas 0,58 por cento dos votos em um pleito recheado de acusações de fraude. Semanas antes das eleições, jornalistas revelaram que o INE submeteu a gestão das bases de dados eleitorais a uma empresa que pertencia ao cunhado de Calderón por meio de contratos assinados entre 2002 e 2005 e que chegaram a um valor próximo aos US$ 150 milhões. (pulsar/ opera mundi)