As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o governo colombiano anunciaram na última quarta-feira (24) a conclusão das negociações de paz que põem fim ao conflito armado que já dura mais de 50 anos no país.
O anúncio foi feito em Havana, capital de Cuba, onde desde novembro de 2012 acontecem os diálogos de paz. Humberto de La Calle, representante do governo da Colômbia, e Ivan Marquez, representante das FARC, assinaram o texto do acordo final, assim como os representantes dos governos de Cuba e Noruega, países fiadores do processo de paz.
Os dois lados assinaram um cessar-fogo bilateral em junho, um dos pontos mais complexos do acordo e que abriu caminho para a conclusão das negociações. As condições sobre como será a anistia aos guerrilheiros, sua futura participação política e reincorporação à vida civil foram os últimos temas a serem acordados.
O texto final deverá ser referendado pela população colombiana, que será convocada a votar em um “plebiscito pela paz” para dizer se concorda ou não com os termos negociados pelas FARC e pelo governo da Colômbia em Havana.
Segundo o acordo de paz, as FARC irão pôr fim à luta armada e buscar seus objetivos políticos por meio da atuação partidária na democracia representativa colombiana.
O texto definitivo será analisado por uma comissão do Senado para que seja convocado o plebiscito e os colombianos referendem ou não o acordo entre o fim de setembro e o começo de outubro.
As FARC, por sua vez, levarão o texto final a um congresso interno, conhecido como Décima Conferência, em que as bases guerrilheiras darão seu aval aos pontos negociados em Havana.
Espera-se que, com a vitória do “sim” ao fim do conflito segundo o texto do acordo no referendo popular, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o líder das FARC, Timoleon Jimenez, assinem o texto final até o fim deste ano, o que colocaria em vigor o acordo de paz. (pulsar/operamundi)