Depois de quase 12 horas, a sabatina do advogado Alexandre de Moraes na Comissão de Justiça e Cidadania do Senado (CCJ), acabou perto das 10 horas da noite desta terça-feira (21). Como esperado, Moraes teve seu nome aprovado para ocupar o cargo vitalício de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) por 19 votos favoráveis, sete contrários e um em branco. A votação realizada na comissão foi secreta.
No total, 32 senadores fizeram perguntas ao sabatinado, muitas delas repetitivas, como questionamentos sobre a visão de Moraes em relação a políticas antidrogas, plano nacional de segurança pública, conjuntura social nos estados e ativismo judicial. A votação no plenário do Senado está programada para se realizar nesta quarta (22), às 11 horas da manhã.
A reunião também foi marcada por momentos tensos e polêmicos, como quando o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse a Moraes que ele tinha perdido a oportunidade, durante sua fala, de mostrar isenção caso se comprometesse de não assumir a tarefa de revisor do processo da Lava Jato, se empossado como ministro do STF.
Também se destacaram, por outro lado, elogios rasgados por parte de vários senadores do PMDB e do PSDB que, em vez de perguntas, aproveitaram os espaços a que tinham direito para defender e mencionar o currículo do advogado.
Ao mesmo tempo, Moraes precisou encarar críticas e acusações ácidas, como a que foi feita pela líder do PT na Casa, Gleisi Hoffmann (PR). Gleisi perguntou como ele se sentia sabendo que nunca um indicado para a mais alta corte do país recebeu tanta rejeição ao seu nome por parte de entidades diversas da sociedade civil. Ele afirmou que as manifestações contra seu nome não contaram com número expressivo de participantes. (pulsar/rba)