Pratos regionais e alimentos sem agrotóxicos produzidos pela agricultura familiar trazem o sabor da luta na Terceira Feira Nacional da Reforma Agrária, que começa nesta quinta-feira (3) e vai até o domingo (6), no Parque da Água Branca, em São Paulo. O evento é organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Agricultores dos quatro cantos do Brasil levam à capital paulista sua produção in natura e também a agroindustrializada, segundo os organizadores, todos produtos com o sabor marcante das lutas camponesas. Para Antônia Ivoneide, da direção do MST, cada marcha, cada ocupação de terra, tem o “objetivo de construir um modelo de vida digno no campo, com produção de alimentos saudáveis e mais renda para o trabalhador”.
Marcia Barile, do Assentamento Itamarati, em Ponta Pontã, no Mato Grosso do Sul, afirma que “O agronegócio produz cana, eucalipto, mas não é isso que a gente come. Então quem produz comida? Quem produz comida são os assentados da reforma agrária”. Nos quatro dias de feira, a comercialização de alimentos saudáveis dos assentamentos e acampamentos de Reforma Agrária vem acompanhada de uma vasta programação cultural, entre elas o espaço Culinária da Terra.
Além da venda de alimentos saudáveis, os participantes terão acesso a sementes, artesanato e até livros, além de seminários de formação político-cultural, conferências e outros eventos paralelos.
A feira também conta com uma programação cultural gratuita e terá participações especiais de artistas da cultura popular, como os pernambucanos Siba e Otto, a cantora Ana Cañas, a banda afro Ilê Aiyê e o sambista carioca Martinho da Vila. (pulsar/rba)