Há um mês, cerca de 200 homens armados atacaram indígenas Gamela, no Maranhão, e ainda hoje o clima é de medo e ameaças na região do município de Viana.
No dia 30 de abril, segundo informações do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), pelo menos 13 indígenas feridos foram internados em hospitais de São Luís e no interior do estado. Um deles levou dois tiros, outro sofreu sérios ferimentos numa das mãos, por golpes de facão, e outro teve os joelhos cortados.
Segundo Gracimar Gamela, que está em Brasília com outros indígenas, defensores públicos e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a tensão na área é permanente. Segundo o indígena, as agressões ao povo Gamela não pararam. Gracimar afirma que até mesmo nas escolas o preconceito e a violência são constantes.
O defensor público da União Yuri Costa reforça a necessidade de demarcação da área para a redução da violência. De acordo com Costa, a ida à Brasília é uma forma de exigir a demarcação das terras indígena, que seria um elemento central para resolver o problema.
Segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, no Maranhão, Rafael Silva, o Ministério Público Federal está colaborando na finalização do termo de cooperação técnica entre a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o governo do Maranhão, que se dispôs a ajudar.
Em Brasília, desde segunda-feira (29), o grupo já se reuniu com representantes da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com membros do MPF e, nesta quarta-feira (31), cobram da Fundação Nacional do Índio (Funai) uma atitude concreta para a demarcação da terra indígena Gamela. (pulsar)
*Informações da Radioagência Nacional