Funcionários que trabalham na rede norte-americana de fast food McDonald’s protestaram na última quinta-feira (14), na Avenida Paulista, por respeito aos direitos trabalhistas brasileiros. Os manifestantes denunciaram acúmulo de função, falta de equipamentos de proteção individual, assédio moral e salários inferiores ao mínimo.
No Brasil, a campanha #SemDireitosNãoéLegal foi marcada para ocorrer em vários estados, como parte da ação em vários países.
O ex-funcionário do McDonald’s Lucas da Cruz Marques, 20 anos, trabalhou como atendente da madrugada na empresa. Ele conta que, apesar da função, acumulava outras atividades como recebimento de cargas e manuseio de produtos químicos, muitas vezes sem equipamento de proteção. Lucas ficava até duas horas numa câmara fria usando apenas um jaleco. O salário dele era de 900 reais, com adicional noturno, mas ele lembra de colegas que trabalhavam de manhã e à tarde e recebiam apenas 400 reais.
Um gerente que trabalha no McDonald’s há sete anos e preferiu não se identificar, por temer retaliações, também falou sobre a existência de abusos. Mesmo sendo gerente, ele precisa, muitas vezes, trabalhar com a chapa dos lanches, já que há falta de funcionários. Ele conta que existem variações de salários sem justificativa, atraso no pagamento das férias e não cumprimento de uma hora de almoço. (pulsar/rba)