O Conselho Eleitoral Provisório do Haiti declarou na última terça-feira (3) o empresário Jovenel Moise, do Partido Haitiano Tet Kale (PHTK), como vencedor das eleições presidenciais de 20 de novembro do ano passado. De acordo com o Conselho Eleitoral, que divulgou os resultados do pleito em sua página na internet, o empresário do setor agrícola obteve 55,6 por cento dos votos no primeiro turno e não precisará disputar uma segunda votação.
No pleito, Moise foi seguido por Jude Celestin, da Liga Alternativa pelo Progresso e Emancipação Haitiana (Lapeh), que recebeu 19,52 por cento dos votos. O candidato da Plataforma dos Filhos de Dessalines, Moise Jean-Charles, foi o terceiro colocado, com 11,04 por cento, seguido pela candidata da Família Lavalas, Marysse Narcisse, que teve 9,01 por cento.
Participaram das eleições gerais 28 candidatos à Presidência. As votações também elegeram um grupo de senadores e dezenas de autoridades municipais.
A vitória de Moise foi seguida de protestos por parte da oposição, que havia acusado fraudes no pleito. As acusações foram rejeitadas pelo Tribunal Eleitoral do país que, após investigações, informou que ocorreram irregularidades pontuais, mas não em dimensões suficientes para alterar os números da votação.
Com o resultado, encerra-se no Haiti um período de quase um ano de instabilidade política, visto que o país caribenho era dirigido por um governo provisório desde fevereiro de 2016, quando o ex-presidente Michel Martelly encerrou seu mandato. A partir de então ocorreram diversas tentativas fracassadas de se realizar um novo pleito presidencial.
Após a declaração do Conselho Eleitoral Provisório, Moise classificou sua eleição como um voto “num caminho para uma vida melhor para todos os haitianos”. No Twitter, ele ainda afirmou que será o presidente “de todos os haitianos, sem distinção” e que sua administração trabalhará para “garantir a coesão e unidade nacional”. (pulsar/opera mundi)