O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Entre janeiro de 2008 e março de 2014, foram registradas 604 mortes no país, segundo pesquisa da organização não governamental (ONG) Transgender Europe (TGEU), rede europeia de organizações que apoiam os direitos da população transgênero.
De acordo com Rafaela Damasceno, transexual que luta pelos direitos dessa população, são pouquíssimas transexuais e travestis que conseguem passar dos 35 anos de idade e envelhecer. Quando não são assassinadas, geralmente acontece alguma outra fatalidade.
Relatório sobre Violência Homofóbica no Brasil, publicado em 2012 pela Secretaria de Direitos Humanos apontou mais de três mil denúncias de violações relacionadas à população LGBT no Disque 100 envolvendo quase cinco mil vítimas. Em relação ao ano anterior, houve um aumento de 166 por cento no número de denúncias.
O relatório mostra que, em 2012, 71 por cento das vítimas eram do sexo masculino e 20 por cento do sexo feminino. Algumas vítimas não declararam sexo.
As violências psicológicas foram as mais reportadas, com 83,2 por cento do total, seguidas de discriminação, com 74,01 por cento; e violências físicas, com 32,68 por cento.
Além dos dados coletados no Disque Direitos Humanos (Disque 100), o relatório também incluiu informações sobre violações publicadas em veículos de comunicação. Em 2012, foram divulgadas na mídia 511 violações contra a população LGBT, destas 310 foram homicídios. (pulsar/revista fórum)