Diante do cenário de atrasos salariais e da falta de financiamento da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), os funcionários técnico-administrativos da universidade aprovaram, em assembleia realizada na última terça-feira (10), o início da greve da categoria a partir da próxima segunda-feira (16).
Na última sexta-feira (6), a reitoria da Uerj divulgou um ofício endereçado ao governador do estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, no qual solicita o pagamento de todos os seus servidores, bem como das bolsas atrasadas dos estudantes e o repasse para a manutenção dos prédios. Ela afirma que, caso isso não aconteça, “as atividades ficarão impossibilitadas nas diversas unidades, incluindo o Hospital Pedro Ernesto e a Policlínica Piquet Carneiro”.
Dias depois, na terça-feira (10), a Reitoria publicou a nota “A Uerj e o Futuro do Rio de Janeiro”, assinada pela reitora em exercício, Maria Georgina Muniz, com o apoio de ex-reitores da universidade, denunciando a precarização da instituição e salientando a importância da Uerj no cenário educacional do Rio de Janeiro.
De acordo com as informações divulgadas pela Reitoria, a grave crise financeira que assola a universidade, com a considerável diminuição dos repasses realizados pelo governo do Rio de Janeiro, culminou em um cenário no qual funcionários e docentes estão sem receber o salário de dezembro e o décimo terceiro; o salário de novembro está sendo depositado em parcelas. Além disso, servidores e alunos denunciam a precariedade das instalações, como a falta de folhas para impressora, iluminação nas salas de aula e limpeza dos prédios.
A categoria de docentes, em assembleia realizada em 21 de dezembro do último ano, teve como uma de suas resoluções o indicativo de greve, a ser deliberada na próxima assembleia, em 18 de janeiro. De acordo com Luiz Santa Maria, professor do Instituto de Química da universidade desde 1998, é provável que a greve seja declarada. (pulsar/brasil de fato)