Na Bahia, cerca de 330 cortadores de cana foram encontrados em condições análogas à escravidão. A descoberta foi feita por meio de uma força-tarefa do Ministério Público do Trabalho (MPT) na fazenda da empresa União Industrial Açucareira (Unial) localizada no município de Lajedão.
Segundo o procurador do Trabalho, Ilan Fonseca, a Unial tentou ocultar as provas das condições dos trabalhadores. Ele afirma que os trabalhadores não tinham equipamentos de proteção, não dispunham de sanitários nem de qualquer proteção contra o sol ou chuva nos locais de corte de cana.
Além disso, o alojamento apresentava condições precárias de higiene, principalmente em relação à água usada, armazenada em um tanque com plantas e restos de produtos químicos.
A empresa é reincidente no MPT. A Unial é processada por terceirização ilícita, trabalho infantil, alto índice de doenças ocupacionais e violações à Norma Regulamentadora nº 31 (NR-31), que estabelece medidas de saúde e de prevenção de acidentes. (pulsar/rba)