Para marcar o Dia Internacional das Florestas, celebrado na segunda-feira (21), cerca de 100 indígenas da etnia Munduruku realizaram um protesto, na última sexta-feira (19), em um trecho do Rio Tapajós, considerado sagrado pelo povo.
Segurando faixas em diversas línguas, eles cobraram a suspensão da construção de barragens no rio.
Segundo levantamento da ONG Greenpeace, há 43 hidrelétricas previstas para a bacia do Tapajós. A maior delas é a de São Luiz do Tapajós, próxima aItaituba, no Pará.
São quase oito quilômetros de comprimento e mais de 53 metros de altura. A barragem planejada terá um reservatório de 729 quilômetros quadrados, extensão maior que a capital baiana Salvador.
Se construída, São Luiz do Tapajós pode impactar mais de sete mil hectares de uma área com pedras nos rios, considerada importante por abrigar diversas espécies de peixes, morcegos e aves.
A usina deve inundar ainda parte dos cerca de 178 mil hectares da terra indígena Sawré Muybu, do povo Munduruku.
O Estudo de Impacto Ambiental, e o Relatório de Impacto Ambiental da usina estão em fase de ajustes e serão analisados pelo Ibama.(pulsar)
*Informações da Radioagência Nacional