Depois de o Rio de Janeiro levar duas mil pessoas às ruas pela legalização da maconha no último sábado (9), 31 cidades planejam marchar pelo mesmo motivo. Movimento social autônomo, a Marcha da Maconha organiza passeatas desde 2007 sem lideranças e hierarquias, no modelo de gestão horizontal popularizado pelo Movimento Passe Livre (MPL) nas manifestações de junho de 2013.
Neste ano, o grupo destaca em seu blog, site e página no Facebook que o protesto vai "exigir a legalização da produção, circulação e uso da cannabis no Brasil". A intenção é garantir que a discussão não se restrinja à regulamentação da produção medicinal. De acordo com o manifesto divulgado, a marcha não é por qualquer interesse da indústria farmacêutica e seus lucros exorbitantes, mas sim pela legalização da maconha por completo e para seus mais variados fins, do uso medicinal ao recreativo.
De acordo com os ativistas, a proibição das drogas fez o Brasil ter 200 mil pessoas "enjauladas por terem alguma ligação com o mercado" e a proibição já se mostrou ineficaz em cumprir seu papel.
No manifesto nacional, a Marcha da Maconha defende que não cabe ao Estado controlar a conduta individual que não afeta a vida de terceiros, como o uso de maconha. A agenda dos protestos vai do próximo dia 16 de maio até outubro deste ano. (pulsar/carta capital)