A desigualdade e a concentração de renda diminuíram no Brasil, mas seguem elevadas. Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados na última sexta-feira (2). O Índice de Gini, que mede a desigualdade, por exemplo, era de 0,548 em 2005 e de 0,497 em 2014, foi a 0,491 no ano passado – quanto mais próximo de zero, menor a desigualdade. Mas tem variações por regiões: vai de 0,419 em Santa Catarina, a 0,555 no Distrito Federal. No estado mais populoso, São Paulo, é de 0,460.
Os dez por cento mais ricos da população concentravam, no ano passado, 40,5 por cento da renda. Em 2005, a proporção era de 45,3 por cento. E os 40 por cento com menor rendimento passaram de 11 para 13,6 por cento.
A desigualdade se mede, também, pelo recorte de cor. Os classificados como pretos e pardos, que representavam 54 por cento da população brasileira, eram 75,5 por cento dos dez por cento com menor rendimento. Eles representavam, por outro lado, apenas 17,8 por cento das pessoas situadas entre um por cento com maiores rendimento, ante 79,7 por cento dos brancos.
No mercado de trabalho, quase metade dos negros, 48,3 por cento, estava na informalidade. Entre os brancos, a proporção era de 34,2 por cento. A média total era de 41,8 por cento.
A população economicamente ativa (PEA) foi estimada em 104 milhões e 200 mil pessoas, sendo cerca de 94 milhões de ocupados e quase dez milhões de desempregados. A taxa média de desemprego foi de 9,4 por cento. Entre jovens de 16 a 24 anos, a taxa chegava a 22,8 por cento. (pulsar/rba)