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Uma penitenciária feminina de São Paulo virou palco de suicídios em série de detentas. A denúncia é da pastoral Carcerária da CNBB, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
Segundo a pastoral, em um intervalo de um mês, entre julho e agosto desse ano, quatro detentas da Penitenciária feminina de Santana, na zona norte da capital paulista, cometeram suicídio.
Em ofício enviado ao Ministério Público e à defensoria Pública do estado, a pastoral carcerária afirma que o número de mortes em curto intervalo de tempo é alarmante e que além de poder indicar uma tendência epidêmica do problema, também podem revelar omissão do estado.
O documento também lembra que desde outubro de 2015 vêm sendo relatados problemas estruturais na Penitenciária Feminina de Santana inclusive com possíveis práticas de tortura, castigos arbitrários e fornecimento precário de alimentação e água potável na unidade.
Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária confirma quatro casos de suicídio em 2017, mas não detalha as datas que eles aconteceram.
Também informa que foram tomadas medidas para aumentar os atendimentos psicológicos e que as mortes foram comunicadas à polícia e ao instituto de criminalística para apurar a ocorrência.
A secretaria também chamou de leviana e irresponsável a denúncia da Pastoral Carcerária.
Também em nota a Pastoral Carcerária rebateu as críticas afirmando que elas são uma tentativa de desqualificação da denúncia e retaliação pessoal e que a instituição não vai deixar de exigir que as autoridades apurem denúncias de violações de direitos. (pulsar)
*Informação da Radioagência Nacional
