Estimulados por um problema do mundo real, a escassez de energia elétrica em áreas isoladas, os pesquisadores da Universidade de Engenharia e Tecnologia do Peru (UTEC) desenvolveram uma “luminária-planta”. A tecnologia tem ajudado a iluminar as habitações da população tradicional que mora em áreas da floresta amazônica peruana.
Usando uma lâmpada de LED de baixo consumo, a “Plantalámpara” é capaz de fornecer duas horas de eletricidades por dia. O sistema opera com energia armazenada no solo, contendo nutrientes e micro-organismos liberados pelas plantas durante o seu crescimento. São os elétrons da vegetação que alimenta a lâmpada.
Para um jornal local, o professor de Energia e Engenharia Elétrica da UTEC, Elmer Ramirez, explicou como é possível obter eletricidade a partir das plantas. Segundo ele, coloca-se a planta e parte do solo em um vaso de madeira, juntamente com um sistema de irrigação previamente instalado e protegido. E após isto, já dentro do vaso, aplica-se um sistema de geração de energia criado pelos pesquisadores, que transforma os eletrodos armazenados no solo em eletricidade.
Até o momento, os beneficiados por este projeto são as comunidades nativas localizadas em Nuevo Saposa. Eles pertencem a um grupo étnico chamado de Shipibo Conibo e vivem em Ucayali, uma região conhecida por seu baixo acesso a eletricidade.
O professor Ramirez ainda destaca que o projeto usa os próprios recursos naturais da região, dominada pela floresta amazônica, mas sem causar qualquer impacto à biodiversidade local.
A diretora de Marketing da UTEC, Jessica Ruas, afirma também que usando a Plantalámpara, a população originária terá acesso as energias renováveis para fornecer luz às suas casa, para utilização das crianças durante o horário de estudo ou durante o momento de produção e venda de produtos, contribuindo para a autossustentabilidade da comunidade. (pulsar/ciclovivo)