Em uma das eleições mais acirradas dos últimos anos na Argentina, o candidato Mauricio Macri, da coalizão Cambiemos, venceu no último domingo (22), em um inédito segundo turno, o adversário apoiado por Cristina Kirchner, Daniel Scioli, da Frente para a Vitória. Macri ficou com pouco mais de 51 por cento dos votos, contra quase 49 por cento de Scioli.
Macri tem o desafio de gerenciar um Congresso no qual a Frente para a Vitória ainda detém maioria e um país que tem a maioria de suas províncias controlada por governos peronistas – embora a mais importante delas, a de Buenos Aires, seja agora controlada também pelo Cambiemos, com Maria Eugénia Vidal.
Filho de Franco Macri, fundador e dono de um conglomerado que leva o nome da família e que atua em diversas áreas, como automóveis, correio e indústria alimentícia, Mauricio iniciou sua carreira política a partir de sua trajetória como dirigente do clube Boca Juniors, o maior da Argentina.
A gestão, no entanto, é contestada pelo nível de endividamento que o Boca atingiu e o uso político do futebol para se autopromover. Já por sua gestão à frente da cidade mais importante do país, Macri responde a dois processos na Justiça: um por escutas ilegais e outro por utilizar a força policial para reprimir moradores de rua e pacientes de um hospital psiquiátrico. (pulsar/opera mundi)